sexta-feira, 15 de maio de 2015

PERGUNTE AO PSI #1

Olá a todos que acompanham meu trabalho, estou aqui para informar que estou inaugurando uma nova seção por aqui onde as pessoas podem enviar suas dúvidas, perguntas, solicitando algum tipo de orientação ou dicas. Mandem as mensagens para o e-mail leonardobozzano@hotmail.com ou deixem nos comentários (as perguntas deixadas nos comentários serão apagadas e replicadas na postagem do blog). Incluam pelo menos um nome (ou pseudônimo) para eu saber a quem me dirigir e escrevam a pergunta/ dúvida / solicitação etc,  da forma mais clara possível. Então sempre que eu atingir um número suficiente de perguntas eu farei uma postagem respondendo a todas. Então, vamos ao que interessa!



Pergunta: Psicólogo infantil deve ter registro especial para trabalhar com crianças?
Milene Reis

Dr. Leonardo: Olá Milene, não é necessário um registro especial para atender crianças, qualquer psicólogo pode fazê-lo. Entretanto, é  aconselhável que o Psicólogo que vai atender crianças tenha cursos na área ou alguma pós-graduação, uma vez que é muito diferente do atendimento com adultos, requerendo um conhecimento mais específico. A sugestão é perguntar sobre a formação do Psicólogo antes de iniciar os atendimentos. Boa sorte!


Pergunta: Como saber se meu namoro tem salvação?
Carol. 

Sou divorciada. Após um tempo, conheci um novo homem, que mora em outra cidade, trabalha viajando. Começamos a namorar, estamos juntos há 7 meses. Mas por motivos de estresse no trabalho dele, estresses meus e muita insegurança e carência da minha parte, ele se aborreceu feio comigo... Disse que eu não podia ser uma pessoa tão insistente. Reconheci o erro e me desculpei. Estou tentando não ser tão invasiva e respeitar o espaço dele. Ainda estamos nos falando, ele diz que está tudo certo, mas eu sinto algo estranho. Não consigo mais ser espontânea, penso mil vezes antes de mandar uma mensagem de boa tarde que seja, me sinto tão pressionada para não ser uma pessoa pesada que é como se eu estivesse o tempo inteiro pisando em ovos. Será que temos possibilidades de reconciliação ou se ele veio me falar que sou uma pessoa insistente e ansiosa é porque não tem mais jeito? E preciso também descobrir se vale a pena para mim, pesar os prós e contras... Ajudem-me por favor...


Dr. Leonardo: Oi Carol, vamos lá. A carência e ansiedade juntas sempre criam dificuldades na interação com os parceiros. Não é fácil trabalhar essas atitudes e sentimentos, sendo aconselhável buscar um psicólogo para lhe ajudar a lidar consigo mesma. Quanto ao seu relacionamento, analise os pontos positivos e negativos dessa relação e veja se vale a pena para você investir nisso ou buscar uma nova relação. Se cuida.



Pergunta: Minha filha de 13 ano,s é muito tímida e não consegue se enturmar na escola
Marina Takemoto

Bom dia, minha filha tem 13 anos e é extremamente tímida. Ela na escola é muito tímida, tem poucas amigas, e não consegue se enturmar com as outras meninas. Acontece que na sua sala tem sempre as meninas que se julgam populares, e a minha filha não gosta muito dessas meninas, acha elas fúteis demais, mas sua única amiga agora está querendo andar com essas ditas "populares" e a deixa de lado. E ela sofre, eu sofro junto, só consigo aconselhar para ela tentar se enturmar mais, mas ela me diz que não consegue. Ela sempre me diz que prefere o mundo virtual do que o mundo real, e passa muitas horas na internet. Nas festas das meninas da escola ela nunca é convidada, uma certa vez uma das meninas entregou convite de seu aniversário para todos na frente dela , e ela não foi convidada, isso deixou ela super magoada e nesse dia eu chorei muito porque sei que ela sofreu muito com essa exclusão. Mas toda vez que tento aconselhá-la a se soltar mais, tentar se enturmar, ela fica muito nervosa comigo, grita, dizendo que já sabe de tudo isso, mas ela não consegue. Bem, não sei mais o que fazer.


Dr. Leonardo: oi Marina, sua filha apresenta um comportamento introvertido, isso está bem claro, faz parte da personalidade dela, seu jeito de funcionar no mundo. Tanto ela quanto você devem aceitar isso. Nem sempre será possível ela se enturmar em todos os grupos, ela deve buscar grupos com o qual sinta afinidade e segurança. Frustrações e decepções na escola fazem parte do crescimento como pessoa. Seja uma mãe presente e amiga e apoie sua filha, ensinando que esse tipo de situação faz parte. Caso sinta necessidade, procure um Psicólogo. Abraço!



Dúvida: Traição pelo facebook
Wenison

Estou em uma situação muito complicada e difícil, por isso gostaria de ouvir a opinião de vocês. É o seguinte: tenho um relacionamento de aproximadamente 3 anos e sou noivo com minha namorada, só que aconteceu algo que nunca imaginei acontecer, sempre amei ela e a tratei com muito respeito, tanto que nunca a trai, só que ela conheceu um cara pela internet e esse cara começou a dar em cima dela e ela começou cair nos papos dele, o negócio chegou tão longe que ela já estava mudando muito comigo e até me evitando e me tratando com frieza, comecei a desconfiar e botei ela contra a parede e ela me confirmou a história e disse que realmente estava envolvida virtualmente com ele, pra piorar ela disse que conheceu um outro lado dela, o lado interesseira, porque segundo ela o cara era muito romântico e de família um pouco rica e tava cursando engenharia na faculdade e etc. Mas ai veio a questão o cara iludiu ela e depois apareceu dizendo pra ela que iria namorar com outra e tudo! Daí agora ela está toda arrependida, sinceramente não sei o que fazer, devo desculpá-la? Ou devo terminar? Estou perdido, não sei o que fazer, ando meio paranóico, não estou confiando nela, apesar dela dizer que se arrependeu e que ela não sabe o que aconteceu com ela, uma parte de mim (emoção) quer perdoar e seguir com ela e outra parte de mim (razão) não quer! Me ajudem gostaria de comentários que me dessem uma luz, fico pensando que nosso amor não pesou em nada para ela?! Estou triste demais.


Dr. Leonardo: A primeira coisa que você deve fazer Wenison é ter consciência do seu sentimento por ela. Apesar da decepção e da insegurança que você está experienciando o que você sente ainda por ela? Acha que essa relação vale a pena? Você deseja estar com ela no momento? Tendo respondido esses questionamentos, converse com ela, uma conversa franca. Pergunte a ela o que ela deseja e espera de um namorado, o que ela sente falta em você, se tem algo em você que ela não gosta. A partir das respostas dela ficará mais claro para que você tome sua decisão. Espero que tenha ajudado.



Dúvida: O problema sou eu?
Renata

Olá, como faço para meu marido me ouvir? Se interessar pela relação? Não conseguimos conversar mais, ele me diz coisas que me magoa direto, não me respeita e para não assumir o próprio erro me ignora, aí fico com raiva, aí ele pega essa minha raiva e começa falar que estou sempre brigando, mas é ele que nos coloca nessa situação, sempre ignorando tudo e vivendo no "seu mundo". Eu o amo muito, mas estou cansada de pedir atenção, beijo... ele só esta bem quando vamos para cama...



Dr. Leonardo: Olá Renata, existe algo na relação de vocês que não está funcionando. A reação do seu marido pode ser devido a muitos fatores, tanto da própria relação de vocês, como de fatores externos (o trabalho, por exemplo). O primeiro passo é o diálogo, é a forma primária de tentar esclarecer e solucionar um conflito. Quando o diálogo não é possível você deve buscar outras estratégias para chamar a atenção dele, de modo que ele perceba que vocês precisam resolver as coisas. Aconselho a buscar apoio psicológico pois assim você poderá detalhar mais essa relação para o profissional que irá te orientar de forma mais precisa. Boa sorte.



Dúvida: Refazer o casamento ou viver uma paixão?
Kelly.

Fui casada por mais de 15 anos com um homem íntegro, muito trabalhador, dedicado à família. Temos duas filhas. Nossa relação sempre foi baseada na responsabilidade, me casei muito jovem. Saíamos mais para comer e viajávamos todo ano. Tínhamos uma vida financeira estável, casa e carro bons, contas pagas em dia. Ele é uma excelente companhia... divertido, gentil, mas não há paixão. Tenho um sentimento por ele de extremo amor, quase fraternal. O sexo seria uma obrigação e acho que ainda sou jovem demais para isso, tenho 35 anos. Eis que um dia me apaixono e aí sim conheci a loucura de uma grande paixão. Ele me deixa atônita, gostamos das mesmas coisas, de atividade física, samba. O sexo é dos deuses! Porém, ele é um homem instável e não muito gentil, se comparado ao primeiro, que sempre me serviu, sempre fui mimada pelo ex-marido e sinto falta dessas gentilezas. Ele não tem responsabilidades... o que mais me preocupa. Trabalha só pensando em beber e sair e odeio bebida. Ele não é agressivo comigo, mesmo quando bebe, apesar da fama de briguento. Por conta dessa paixão desenfreada, me separei, meu ex tentou o suicídio e ele ainda não refez a vida. Não me ajuda financeiramente com as nossas filhas porque está trabalhando para sobreviver, está dependendo da boa vontade das pessoas. Vivo fazendo contas e não entro com pedido de pensão por 
compaixão a ele. Ele disse que eu era o motivo da determinação dele, sem mim não há motivo para nada. Minha paixão foi interrompida recentemente. Hoje me pergunto: o que vale a pena... viver loucamente esse sentimento que me tira até a lucidez ou viver uma vida serena, onde as minhas filhas serão as maiores beneficiadas, além daquele que sempre foi uma pessoa íntegra. Pequeno detalhe... o sexo certamente será um enorme problema nessa perspectiva de retorno, porque experimentei uma relação praticamente impossível de encontrar em outro homem. A razão diz para retomar o casamento, entre outras razões, por ter um parceiro para dividir as responsabilidades com as filhas, que são muitas. Não vejo grandes perspectivas de futuro com a minha paixão daqui 15 anos. Ele quer filhos e eu não mais. Tenho medo porque sei o quanto custa, emocional e financeiramente, criar bem um filho. Mas meu coração o quer, a cada segundo, mesmo sabendo de todos os problemas...Detalhe: eu, meu ex e minha filha nos agredimos por conta da separação. Ele me agrediu e ela saiu aos tapas com ele para me defender. A nossa filha não fala com ele. Me sinto culpada por tudo que aconteceu com ele, porque sempre foi um bom homem e hoje está aos trapos. Qual é o preço que devo pagar? Viver com essa culpa pelo futuro incerto do meu ex, que como ele mesmo diz, acho que a sina dele é trabalhar. Ou me jogar e arcar com as consequências por simplesmente querer amar?


Dr. Leonardo: Olá Kelly, primeiramente é importante ter em mente que a vida é feita de escolhas. Quando uma relação não está de acordo com nossas expectativas é importante estar ciente disso e procurar discutir com o parceiro sobre as necessidades de cada um e como chegar a um consenso. O que ocorre é que muitas vezes as pessoas buscam uma válvula de escape, no seu caso uma relação extraconjugal, que desenvolve uma série de problemas (consequências diretas e indiretas da sua escolha). São essas escolhas que constroem sua vida, ou podem destruí-la, por isso é preciso estar bem ciente delas. Você deve analisar o que é melhor para você, o que você realmente deseja, quais suas necessidades. Só reconhecendo esses fatores fica mais claro escolher. 

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